Em data imprecisa, mas evidentemente antes de 1980, germina em algumas pessoas de Penafiel, ou residentes em Penafiel, a ideia de que a cidade necessitava de uma associação que desse conveniente apoio aos seus deficientes. Da ideia, essas pessoas passaram aos actos e, como é usual nestes casos, desde que os desejos não sucumbam às dificuldades, aos escolhos e às contrariedades que vão surgindo, a máxima de Fernando Pessoa acaba sempre por vencer: Deus quer, o homem sonha, a obra nasce. A primeira entidade a consultar foi a Câmara Municipal de Penafiel que, como não seria de esperar outra coisa, se mostrou receptiva ao sonho desse grupo de penafidelenses, alguns dos quais, como muito bem se compreende, progenitores e familiares de crianças diminuídas mentais nascidas e ou residentes nesta cidade. Árduas foram as diligências e o trabalho desta equipa, entretanto levadas a bom termo, com o imprescindível apoio logístico da Câmara Municipal, obviamente. De tal forma foram coroadas de êxito, que a breve trecho esse conjunto de penafidelenses se constituiria em comissão instaladora, que conduziria à criação oficial da sonhada Associação, que veria a luz do dia em 31 de Janeiro de 1980. Daí à constituição de órgãos sociais próprios, sob a definição da legislação vigente relativamente à constituição de associações, foi apenas o tempo de se amadurecerem ideia e consolidarem atitudes e comportamentos que visaram concretizar os objectivos desde o início propugnados, e que eram, fundamentalmente, os de dar apoio educativo especial, eficaz, necessário e imprescindível às crianças diminuídas mentais do concelho de Penafiel.
A Associação de Pais e Amigos dos Diminuídos Mentais de Penafiel, hoje conhecida pelo acrónimo APADIMP, é sucedânea da APADMCP (Associação de Pais e Amigos dos Diminuídos Mentais do Concelho de Penafiel, foi constituída com esta denominação, em 31 de Janeiro de 1980, mediante escritura pública exarada a folhas 7 verso a 9, do Livro nº 337-B, do Cartório Notarial de Lousada. Os seus objectivos específicos foram assegurar a reabilitação, a educação e a integração social dos diminuídos mentais do concelho de Penafiel, como, de resto, já preconizava o nº 2 do artigo 71º da Constituição da República Portuguesa, promulgada em 2 de Abril de 1976. A dificuldade fonética em verbalizar a abreviatura APADMCP, levou a parir do dia 26 de Julho de 1985, mediante escritura pública exarada nessa data a folhas 84 verso a 85 verso, do Livro nº 12-D, do Cartório Notarial de Penafiel. Entretanto desde o dia 1 de Junho de 1983, a ainda APADMCP havia sido considerada oficialmente como Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) sendo-lhe posteriormente acrescentada por alteração estatutária aprovada em Assembleia-geral realizada em 12 de Abril de 2000 “e utilidade pública”.
Casas Apadimp
Durante cerca de 16 anos, as instalações da APADIMP funcionaram no edifício da Avenida Soares de Moura que, para o efeito, sofreu obras de adaptação às especiais necessidades dos alunos a que se destinavam. (Actualmente, funciona nesse mesmo edifício, também adaptado para o efeito, o Arquivo Municipal de Penafiel). Em Abril de 1996, a APADIMP inicia a mudança para a sua segunda casa, localizada em Milhundos, na ex-Quinta do Madureira, espaço cedido pelo município penafidelense.
Lá se construiu um edifício próprio, moderno e eficiente e se adaptou o existente, graças aos contributos do Centro Regional da Segurança Social do Porto, com os imprescindíveis apoios da Câmara Municipal de Penafiel, apoios que, de resto, têm sido pendulares e permanentes. A inauguração oficial do edifício, foi feita a 24 de Maio de 1997, pelo ministro da Solidariedade e da Segurança Social.